CUIABÁ
NUNCA FOI PRECISO

Fávaro admite que leilão para importação de arroz não é necessário

Crédito: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse, nesta quarta-feira (3), que o governo não vê a necessidade de realizar leilões para importação de arroz. A declaração foi dada em entrevista ao programa Em Ponto, da Globo News.

“É mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulos à produção, mas por ora não se fazem necessários novos leilões de importação de arroz”, disse o ministro, ao reforçar que, apesar da avaliação atual, o governo continua com orçamento e está preparado para eventuais novas aquisições do grão.

As enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul – Estado responsável por 70% da produção do arroz brasileiro, teria sido o motivo para o anúncio do leilão, contudo, em maio, período em que as chuvas castigaram a região, 80% da safra já havia sido colhida. Diante desse cenário, as associações de produtores de todo o Brasil se posicionaram contra a importação do arroz, por entenderem que não havia necessidade.

Desde então, as duas tentativas do governo Lula comprar os grãos, foram frustradas. O último, o governo anunciou que foi cancelado em razão de “problemas técnicos e financeiros” de algumas empresas vencedoras. Contudo, depois Lula afirmou que houve “falcatrua” no leilão.

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Acontece que essa anulação ocorreu após empresas, sem experiência no mercado de cereais, ligadas ao ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller, vencerem a licitação. Geller era um dos principais intermediários do certame público e tinha ligações direta com Robson Luiz de Almeida França, presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e sócio proprietário da Foco Corretora. Além de ex-assessor do ex-secretário, Robson também é sócio do filho de Geller, Marcello Geller, em outra empresa.

Conversa com entidades

Fávaro mencionou que se reunirá com a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), para caso haja uma intervenção governamental. “Hoje ainda temos reunião com a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul, com a indústria, vamos buscar alguns compromissos com eles de estabilidades de preço, de logística eficiente e eles mesmo podem nos dizer o momento se for necessário alguma intervenção do governo”, disse.

Como já era garantido pelos produtores de arroz, Fávaro admitiu que os preços do cereal já estão voltando a níveis normais. “Nós temos arroz em algumas regiões do país a 19, 23, 25 reais um pacote de 5 kg o que está dentro da normalidade”.

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