A inflação no Brasil, medida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou aos 4,23% em junho, quando observado os últimos 12 meses. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços dos alimentos deram a maior contribuição para esse aumento.
Conforme os dados do IBGE, divulgados nesta quarta-feira (10), o índice está próximo do teto da meta de inflação estipulado para este ano, que é de 3% podendo subir ou descer 1,5 pontos percentuais. Desta forma, o IPCA poderia alcançar até 4,5% em dezembro, alcançando o limite do objetivo estipulado pelo governo Lula (PT).
Contudo, ao que parece, esse cenário não deve se confirmar, tendo em vista que a inflação dos últimos 12 meses ficou acima dos 3,93% observados em 2022.
No último mês, aumento no preço dos alimentos e nos produtos e serviços de saúde gerou uma alta de 0,21% no IPCA.
Dos grupos de produtos e serviços observados na pesquisa, sete dos 9 tiveram alta em junho. Sendo que, o maior impacto veio de alimentação e bebida (0,44%), com 0,10% de contribuição.
O levantamento do IBGE aponta que a alimentação familiar desacelerou de 0,66% em maio para 0,47% em junho, contudo, foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). Por outro lado, a cenoura, a cebola e as frutas tiveram queda no preço.
“Tanto o leite longa vida quanto a batata-inglesa subiram de preço influenciados por menor oferta do produto. A menor oferta do leite está relacionada ao período de entressafra e também por um clima adverso no sul do País. Na batata-inglesa, é final da safra das águas e início da safra das secas. Esse volume da safra das secas ainda não foi tão expressivo, a oferta estava mais controlada, mais reduzida”, explicou o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, André Almeida.
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,37% em junho. O lanche subiu 0,39%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,34%.
Produtos de saúde e cuidados pessoais foram os grupos que mais tiveram variação no período, com alta de 0,54% e 0,07% de contribuição. Os perfumes subiram 1,69%.
