O policial militar Raylton Mourão, investigado pelo assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, em Várzea Grande, se apresentou na noite de domingo (21) no 1º Batalhão da Polícia Militar, em Cuiabá. A entrega ocorreu de forma espontânea, após dias de buscas. Ele deve ser encaminhado nesta segunda-feira (22) à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso.
Rozeli foi morta no dia 11 de setembro, quando saía de casa no bairro Cohab Canelas, a caminho da academia. A vítima foi atingida por seis disparos. Testemunhas relataram que a personal vinha recebendo ameaças de morte antes do crime.
As apurações apontam que a motivação pode estar ligada a uma ação judicial movida por Rozeli contra Raylton e sua esposa, Aline Valando Kounz, também investigada e que segue foragida. O processo, protocolado em julho, pedia reparação por danos materiais e morais no valor de cerca de R$ 9,6 mil, em razão de um acidente de trânsito envolvendo um veículo da empresa do casal. Uma audiência de conciliação estava marcada para ocorrer dias após o homicídio.
Na residência do policial e de Aline foram cumpridos mandados de busca e apreensão, resultando na coleta de indícios que reforçam a suspeita de envolvimento no crime. A Corregedoria da PM instaurou um novo processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar a conduta de Raylton, que já responde a outros procedimentos por abuso de autoridade, ameaça e extorsão.
Enquanto o policial se encontra sob custódia, as autoridades seguem em diligências para localizar Aline. O caso continua sob investigação, e a expectativa é de que mais detalhes venham à tona com o avanço dos trabalhos da polícia e da Justiça.